segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Dizer “Graças a Deus” não é chique


No Brasil se diz “Graças a Deus” com muita frequência. Está na boca do povo.  É verdade que muitas vezes essa expressão sai por força do costume, sem ter muito claro o que se está dizendo. Por isso, até os ateus, com bom humor dizem: “Sou ateu, graças a Deus”.
Só tem dois grupos que não gostam de dar graças a Deus. Primeiro, logicamente, os intelectuais fofos, que gostam de bancar os sofisticados e ilustrados. Como o Estado é laico, o certo seria dizer “Aprouve às circunstâncias, não sabemos quais, que as coisas ocorreram favoráveis às dinâmicas da História”.
O outro grupo que não gosta da expressão são os jovens bacanas, sarados, inteligentes, descolados que estão convencidos que tudo que alcançaram é por esforço e sagacidade. “Eu estudei em Harvard; ganhei dinheiro, namoro uma menina linda; pratico esqui aquático e como empreendedor desenvolvo um projeto de sustentabilidade”. É o cara.  
Pobrezinhos! Ainda não descobriram a imensa fragilidade desta nossa breve vida!
Não escolhemos um lar próspero e feliz para nascer. Não pagamos nossos estudos quando éramos crianças.
Não evitamos doenças coronárias, tromboses e tantas síndromes tremendas que acometem nossos semelhantes.
Não evitamos que o avião caia, que o carro bata, etc. Quem escreve este texto já escapou por um triz, três vezes, de receber na cabeça, andando na calçada, reboco de prédio, placa de granito e telefone jogado pela janela (daqueles antigos, pesados).
“Graças a Deus” escapa com muita frequência de qualquer coração que tenha um pouco de sentido da realidade. Há pessoas que vivem se queixando e reclamando. Se concentram no que falta, no que não gostam e deixam de reparar em trocentas coisas boas diárias que recebemos.

Por último, graças a Deus, porque Ele existe e está no comando. Quão terrível seria que tudo fosse acaso, sorte ou azar. Se você quer ter uma ideia de como seria um mundo sem a providência divina, veja o filme Corra, Lola, Corra.

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