No Brasil se diz “Graças
a Deus” com muita frequência. Está na boca do povo. É verdade que muitas vezes essa expressão sai
por força do costume, sem ter muito claro o que se está dizendo. Por isso, até
os ateus, com bom humor dizem: “Sou ateu,
graças a Deus”.
Só tem dois grupos que
não gostam de dar graças a Deus. Primeiro, logicamente, os intelectuais fofos,
que gostam de bancar os sofisticados e ilustrados. Como o Estado é laico, o
certo seria dizer “Aprouve às circunstâncias, não sabemos quais, que as coisas
ocorreram favoráveis às dinâmicas da História”.
O outro grupo que não
gosta da expressão são os jovens bacanas, sarados, inteligentes, descolados que
estão convencidos que tudo que alcançaram é por esforço e sagacidade. “Eu estudei em Harvard; ganhei dinheiro,
namoro uma menina linda; pratico esqui aquático e como empreendedor desenvolvo
um projeto de sustentabilidade”. É o cara.
Pobrezinhos! Ainda não descobriram
a imensa fragilidade desta nossa breve vida!
Não escolhemos um lar
próspero e feliz para nascer. Não pagamos nossos estudos quando éramos crianças.
Não evitamos doenças
coronárias, tromboses e tantas síndromes tremendas que acometem nossos
semelhantes.
Não evitamos que o avião
caia, que o carro bata, etc. Quem escreve este texto já escapou por um triz,
três vezes, de receber na cabeça, andando na calçada, reboco de prédio, placa
de granito e telefone jogado pela janela (daqueles antigos, pesados).
“Graças a Deus” escapa
com muita frequência de qualquer coração que tenha um pouco de sentido da
realidade. Há pessoas que vivem
se queixando e reclamando. Se concentram no que falta, no que não gostam e
deixam de reparar em trocentas coisas boas diárias que recebemos.
Por último, graças a
Deus, porque Ele existe e está no comando. Quão terrível seria que tudo fosse
acaso, sorte ou azar. Se você quer ter uma ideia de como seria um mundo sem a
providência divina, veja o filme Corra, Lola, Corra.
(Run, Lola, Run: http://www.imdb.com/title/tt0130827/).
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