segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Marketing do Bem


Luis Felipe Pondé escreveu na sua coluna da Folha de São Paulo um texto divertido sobre os tempos que vivemos. Aqui vai um resumo.

O que vem a ser o marketing do bem? O marketing do bem é, antes de tudo, uma derivação da esquerda empacotada para o mundo corporativo. Vai bem em palestras caras e dá aos colaboradores a impressão de que podem fabricar armas e ainda assim salvarem o mundo investindo em árvores.
O conforto como categoria universal produziu uma alienação profunda da realidade. A riqueza em larga escala garantiu a existência do maior número de seres humanos mimados que já habitou a face da Terra. O marketing do bem é a "ciência" de cabeceira desses mimados. Quando pensam, são inteligentinhos. Quando pensam em si mesmos, são bonzinhos. Quando se enfurecem, postam #repúdio!
A primeira marca do marketing do bem é a mentira como procedimento argumentativo. Jamais enuncie algo que comprometa o conforto moral ou psicológico de quem ouve você. Fazendo isso, você tem uma grande chance de sempre ter aquele que "te segue" como seu consumidor de ideias.
Um praticante desse tipo de marketing sempre investe na ideia de que as novas gerações são mais "evoluídas" e resolvem melhor os problemas clássicos da vida, descritos em ideias como os sete pecados capitais (que considero, ainda, uma das melhores formas de narrar os seres humanos em seus momentos mais difíceis).

O selo dessa forma de marketing é reconhecível a léguas de distância. Mais recentemente, odiar Trump. Trazer flores nas mãos para manifestações. "Acreditar" num mundo sem guerras. Apoiar tudo que tenha a marca ONU. Afirmar-se sem preconceitos. Negar as diferenças que fazem diferença. Propor diálogo com terroristas. Negar o conflito entre modos de vida em lugares como a Europa Ocidental. Praticar qualquer forma de espiritualidade redutível a "energias" e a alimentação sem glúten ou lactose. Sonhar com um mundo matriarcal no qual não existem mães monstruosas. Defender valores "femininos" para pessoas que não querem ter filhos. Nas escolas, sonhar com um mundo de banheiros "livres e iguais" –#haja saco!

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